Balanço de 2024

Gosto sempre de fazer o chamado balanço no final de cada ano. Faço-o também na altura do meu aniversário, no início de julho. Por isso de meio em meio ano lá faço eu uma retrospetiva de tudo o que se anda a passar na minha vida.

Sou uma mulher de ter planos a curto, médio e longo prazo e gosto de perceber se os consegui ou estou a conseguir alcançar. Mas com a idade já me permito ser menos rígida ou até teimosa e querer alcançar algo a me propus só porque a determinada altura assim o decidi. Já aprendi que está tudo bem se, entretanto, eu entender que afinal aquilo que eu pretendia já não faz sentido ou já não quero porque já não se identifica mais comigo, ou com o que pretendo. E refazer um objetivo, reformula-lo ou deixá-lo cair por, não tem mal nenhum. Aprendi que a vida é impermanente o que obriga a readaptações e é melhor aceitar esse facto. Aprendi que os meus gostos vão mudando e também não preciso de lutar contra isso, aliás ainda bem que assim é. Inteligente e feliz é quem se vai descobrindo ao longo da vida e se permite experimentar áreas diferentes, mesmo saindo do seu conforto e se permite a mudar de opinião, gostos, de trabalho. No fundo mudar aquilo onde não está mais feliz e sente que não pertence. É aí até que eu cresço e aprendo mais sobre mim.

Por isso estou absolutamente grata por ter tido a coragem de primeiro procurar pessoas como a minha querida psicóloga e mentora Joana, que me deu o primeiro empurrão para ter a coragem de me redescobrir e buscar a minha felicidade. Sou grata à Patrícia por me dar força, orientar e torcer pelo meu trabalho e pela minha vida. Ao meu marido Tiago que me apoia sempre nas decisões. Ao meu filho que acredita sempre que sou capaz de fazer aquilo a que me proponho. Aos amigos e família que dão força e partilham os meus projetos. Mas acima de tudo estou feliz por ter saído da minha zona de conforto e ter tido a ousadia de me lançar em projetos que nunca me imaginei a fazer e cheguei a achar que nunca fui feita para tal. Realmente só sabemos se experimentarmos. Também estaria e estará tudo bem se a determinado momento eu perceber que aquele já não é o caminho e que aquele ciclo fechou e avanço para outra coisa que faça mais sentido nesse momento.

Então neste ano a nível profissional, estou mesmo muito feliz por ter lançado a 10 de janeiro este projeto do Sopro da Minha Alma, que começou precisamente com o lançamento deste Blog. Mais à frente em julho lanço outra parte do projeto, na vertente artesanato as peças em Jesmonite. É um material ecológico, uma resina à base de água muito resistente e que me permite ser criativa, explorar a parte das artes e manualidades para as quais achei que nunca tinha jeito. Fui ainda convidada para dar um Workshop para ensinar outras pessoas a trabalhar com este material quer para se lançarem também profissionalmente ou simplesmente para passarem uma tarde diferente e experimentarem algo novo. Apesar de ter receio de ficar aquém das expectativas, em novembro realizamos este evento (em parceria com uma empresa da área da educação) eu, a Luciana e a Margarida e foi maravilhoso. Turma cheia, alunos fabulosos e uma experiência fantástica a vários níveis e que me deixou muita vontade de repetir.

A nível pessoal, muuuuuitos desafios, primeiro a renda a subir um verdadeiro disparate o que nos fez repensar a vida e decidimos então sair dessa casa arrendada, vir viver com os meus sogros e ir à busca de uma casa para comprar. Espero ter novidades para breve, desejem-me sorte!

Depois, desafios no casamento como qualquer casal, pois como sabem, não existem casamentos sempre felizes e perfeitos sempre. Mas que no final de contas nos fizeram crescer enquanto par, de verdade. Com muito trabalho envolvido, terapia de casal e muita autodescoberta, descoberta do outro, muitas mudanças.. Afinal temos de perceber numa relação que não somos só nós que evoluímos e mudamos. A nossa cara metade também e por isso é necessário ir reajustando a nossa vida. E o amor não chega, é preciso muita vontade dos dois querermos compreender, respeitar, evoluir e deixar partes de nós morrerem para dar espaço a novas. E mais, tenho a certeza que é um trabalho contínuo como tudo na vida. O amor pode e deve ser leve, mas é também intenso e exige cuidados, respeito e muita compreensão.

Tive muitos desafios como mãe do meu maravilhoso filho Daniel, um menino doce, amoroso, mas intenso a todos os níveis e que me faz realmente aprender todos os dias. É do mais trabalhoso que a vida pode ter, mas dos mais compensadores. Ver a sua evolução e conquistas é delicioso e quase me faz esquecer o cansaço, as dúvidas e medos que teimam em azucrinar.

A nível de prazeres e hobbies, viajei mais do que estava à espera com amigos e nós os 3 núcleo familiar. Fomos a Marrocos, percorremos várias cidades 7 pessoas numa carrinha estilo “esquadrão Classe A” e que nos deixam memórias eternas e o coração cheio. Aventuras de todos os tipos, comidas diferentes, calor de rachar, desafios com os miúdos (eram 3) bem superados e eu confundida muitas vezes com uma local. Voltar passados tantos anos a Maiorca para umas merecidas férias de descanso, sendo essa palavra cómica com férias a envolver uma criança, mas pelo menos são dias divertidos, com aventuras e fora da rotina que também é bem necessário. Dias no Gerês já no outono com passeios na natureza, boa carne barrosã e conversa noite fora com os amigos.

Ano muito difícil para a família a perder a Matriarca quase com 92 anos e um tio, seu filho mais novo, que parte sem dúvida cedo demais para nós que queremos sempre os nossos cá perto para abraçar, rir, chorar.. Duro, foi e é muito duro. Lutos recentes que a dita saudade demorará a sarar.

Proporcionamos ao nosso filho experiências novas como jogar bowling pela primeira vez, irmos a escarpas para aceder a praias paradisíacas, viajamos juntos pela primeira vez ao continente africano e demos a provar pratos muito diferentes. Valem ouro estes momentos de descoberta em família.

Voltei a ler mais e rendi-me aos e-books pela praticidade, embora continue a preferir os livros em papel.

Queria ter escrito mais textos aqui, desde agosto de 2024 que não punha nenhum mas estou aqui de volta. Até porque tenho muito para partilhar e sei que há sempre alguém que se identifica e se sente melhor por ver que somos mais pessoas a passar situações parecidas.

Feito o balanço é mais um ano com coisas menos boas, boas, muito boas, excelentes porque a vida assim é. Depende de nós como a vemos, sentimos e lhe damos sentido até. A tal história de ver o copo meio cheio, ou meio vazio é bem verdade. Temos de escolher que aprendizagens levamos de cada momento, de cada situação e como reagimos a isso.

Acredito que tudo tem um propósito, nada é por acaso. Só é necessário dar espaço para que tudo aconteça no momento certo! Espero que o vosso ano tenha sido gentil, generoso e feliz!

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